Hesitei bastante em falar sobre esse assunto tão abordado por tantos durante a semana, mas recai sobre nós a responsabilidade de informar à população sobre as irregularidades cometidas por esses “abutres” que estão aí saqueando nossas riquezas em benefício próprio, e levar a opinião pública a tomar suas próprias decisões. São pequenas fortunas que somadas poderiam ser utilizadas de tantas outras formas, para ajudar aos reais necessitados.
Parece discurso de moralista que julga a tudo e a todos, mas não é. Trata-se de um sentimento de perplexidade, ocasionado pelas ações da “turma” eleitas para administrar nossos recursos, que não respeitam o princípio da moralidade administrativa, evidenciando uma forma equivocada de como os agentes públicos realmente deveriam agir.
Chega a ser hilário a forma como os legisladores da capital pernambucana se esconderam nos “esgostos” da imoralidade e se cobriram de toda sorte de mentiras para não assumir a soberba que excede o bom senso. Até que ponto o desejo de ostentar ultrapassa todos os limites da coerência, até mesmo daqueles que se dizem éticos, defensores da moral e dos bons costumes. Como diria um pastor em seu sermão numa manhã de domingo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia”.
Agora, com a decisão da Câmara Municipal de “acatar” a notificação do Ministério Público de Contas e “suspender” a tão vergonhosa licitação, os mestres dos disfarces podem ressurgirem travestidos de bons meninos e continuarem seus “trabalhos” de encantadores de eleitores. Sorrindo nas redes sociais e pregando que sempre estiveram descontentes com o certame, mas que estava tudo “dentro da lei”.
Concordo que o processo poderia ser um “ato legal e legítimo”, que nesse caso caminhava na contramão do princípio da moralidade, previsto na constituição. Ou seja, não se trata de não comprar, mas o quê comprar, como comprar e com o dinheiro de quem vai comprar.
São “usurpadores”, que além dos seus salários, que hoje está em torno de R$19 mil, ainda recebem verbas de gabinete para gastar como quiserem, auxílio paletó, auxílio alimentação, e muito mais.
As mentes mais perversas e menos ingenuas, acreditam que essa “ré” é só pra dá um tempinho para que o modelo mais atual, o Iphone 13 seja lançado. Afinal, quem disse que eles estão preocupados com a opinião pública?