Alguns programas voluntários funcionam como uma ferramenta para propagar valores como cidadania, solidariedade, ética, justiça social, tolerância e inclusão social. Todos estes aspectos estão relacionados à promoção de um desenvolvimento humano integral, de modo que tanto os voluntários quanto os receptores do voluntariado sejam beneficiados. Isso resulta em uma cadeia onde todos os envolvidos ganham de alguma forma.
Num momento de crise como o atual, desencadeada pela pandemia do Covid-19, já temos uma percepção clara de que precisamos estar preparados para um mundo de muitas mudanças. E, para isso, um dos melhores caminhos é a aprendizagem contínua. Por isso, um programa de voluntariado é tão importante e apresenta uma potência enorme, pois através dele é possível planejar e implementar atividades que atendam continuamente às necessidades que cada situação exige.
Pensando nisso, o cirurgião-dentista, Dr. Adriano Campos, iniciou uma série de palestras em clínicas de reabilitação para dependentes químicos, sobre como prevenir doenças causadas pelo uso contínuo de substâncias químicas.
De acordo com o profissional, o uso de substâncias químicas como álcool, cocaína, crack, entre outras, destroem a estrutura do esmalte dos dentes, além de mascarar o agravamento da cárie e doença periodontal, pois algumas delas agem como anestésico, com isso o usuário só percebe o problema quando já é tarde demais. “Quando o usuário está em abstinência, é normal que sinta muita dor de dente, pois já não está sob o efeito das drogas”, explica.
Adriano Campos utiliza as palestras para abordar a necessidade de prevenção, através dos cuidados básicos como escovar os dentes de forma eficaz após as refeições, uso do fio dental e consulta regular ao Cirurgião Dentista, de preferência a cada 6 meses. A palestra conta, ainda, com artifícios lúdicos, com modelos que servem de mecanismo de fixação das novas técnicas aprendidas por eles.
“Existe um benefício gigantesco no programa, pois uma pessoa quando adquire conhecimento, e esse conhecimento é interessante para ela, é mais fácil de colocar em prática. Acredito ser uma boa forma de promoção da saúde”, ensina Dr. Campos, que acredita que o ser humano foi criado para servir e que a base de todo tratamento humanizado é ultrapassar o limite de indivíduo e consultório. “Quando recebo um convite para palestrar, me sinto útil, e faço com o maior prazer. Sou formado pela UFPE, e sendo uma faculdade pública, também me sinto no dever de retribuir a comunidade que tanto me ajudou, pois tenho a consciência de que minha mensalidade foi paga pelo povo, através dos impostos, e sabendo que os mais pobres são os mais tributados, é justamente para eles que dedico parte do meu tempo como voluntário”, completa.