Os clubes da elite do Brasileirão tiveram queda de arrecadação em média de 9% em 2020, ano em que a pandemia de Covid-19 obrigou os estádios a fecharem e o futebol a ser paralisado durante meses, gerando impacto direto no faturamento dos times.
A perda é de mais de R$ 500 milhões na comparação entre os anos. No total, 19 times da Série A faturaram R$ 5.671.144 em 2019, montante que caiu para R$ 5.159.891 em 2020.
Mas não é só a receita de bilheteria que foi afetada pela pandemia. Os programas de sócio-torcedor também perderam adeptos e, consequentemente, arrecadação. “É difícil manter o sócio-torcedor sem jogo para ir. O cara quer ver jogo. Sem jogo, vai pagar para que?”, questiona Aragaki.
Outro fator que mexeu com as finanças dos clubes foi o adiamento do fim dos campeonatos.
Como Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores da temporada passada só foram encerrados no início de 2021, os clubes deixaram de ter essa verba de premiação no balanço financeiro de 2020.
Isso impacta diretamente quem conquistou esses títulos, casos de Palmeiras (Libertadores e Copa do Brasil) e Flamengo (Campeonato Brasileiro) e de maneira menos forte nos times que chegaram à final, como Santos (Libertadores) e Grêmio (Copa do Brasil) ou que obtiveram boa colocação no Brasileiro, como Internacional, Atlético-MG e São Paulo.
Como tem sido recorrente nos anos anteriores, Flamengo e Palmeiras se mantiveram no topo entre os clubes que mais arrecadam no futebol brasileiro. A surpresa foi o aparecimento do Atlético-MG na segunda posição.
Com impacto dessa negociação, realizada no início do ano, ainda antes da pandemia, o Atlético-MG chegou a um faturamento de mais de R$ 622 milhões, o que representou aumento de 76% nas receitas, mesmo no ano da pandemia.
O Flamengo novamente liderou a lista, com receitas de R$ 668 milhões, enquanto o Palmeiras ocupou a terceira posição, com arrecadação de R$ 532 milhões.