Passados alguns meses da publicação da matéria do Portal do Correio de Notícias, que denunciou a direção do Hospital Militar de Pernambuco, os problemas de falta de estrutura e descaso continuam. Inclusive, é possível garantir que o estado do hospital que atende o contingente de policiais da ativa e inativos e seus familiares ainda está longe de receber uma atenção do governador Paulo Câmara, que parece atingir seus propósitos de destruir definitivamente o que resta da saúde do estado de Pernambuco.
Em visita ao hospital, a Deputada Estadual Clarissa Técio (PSC), esteve no local na tarde desta segunda (22) para atender denúncias feitas por usuários insatisfeitos.
Conduzindo uma inspeção para averiguar o estado do Centro Médico Hospitalar, a legisladora observou de perto o pesadelo que é utilizar da pouca estrutura oferecida aos usuários.
O Correio de Notícias acompanhou a comitiva e registrou o momento exato em que, na urgência do hospital, a deputada conversava com funcionários, quando faltou energia. Sem gerador, a ala onde recebe todas as urgências, inclusive de covid-19, ficou por alguns instantes no escuro, retornando em seguida, o que causou perplexidade na deputada.
Segundo o Sargento Raul Henrique, adjunto responsável pela administração do hospital, já havia por duas vezes acontecido a queda de energia, o que prejudicava inclusive o bom andamento dos equipamentos que ajudam nas atividades administrativas.
De acordo com a deputada Clarissa, a culpa de toda falta de aparelhamento é do governo do estado, o que leva os funcionários do hospital a trabalhar de forma a reduzir a eficiência e eficácia do atendimento. “Nós temos que cobrar do governador um posicionamento não só em relação ao hospital militar, como em todos os hospitais da rede pública que hoje encontram-se sucateados”, comentou a parlamentar.
Como se não fosse pouco a falta de estrutura do hospital, médicos se ausentam de suas atividades, deixando os pacientes sem atendimento, o que ocorreu com D. Sônia Oliveira, pensionista e usuária do hospital, que precisa de um parecer cardiológico para fazer sua cirurgia de catarata, que já vem se arrastando há dois anos, sem que a mesma possa resolver. Ao chegar no ambulatório cardiológico, as atendentes informavam a todos os pacientes que o cardiologista já havia ido embora. Pacientes de locais distantes precisaram retornar para suas residências sem atendimento e sem perspectivas.