A política brasileira nunca esteve envolta a tanta confusão como nos tempos bolsonarianos. Todos os dias os brasileiros têm um festival de desavenças nos bastidores dos poderes que regem a nação.
Difícil entender a mente doentia do nosso “soberano”, que age contra tudo e contra todos, quando os seus pensamentos são contrariados.
Os senadores manifestaram, nesta quinta-feira (5), apoio à decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Luiz Fux, de cancelar uma reunião entre os chefes dos três Poderes. A decisão, segundo o Ministro, foi motivada pela postura do Presidente Jair Bolsonaro, de “divulgação de interpretações equivocadas de decisões do plenário e colocar sob suspeição a higidez do processo eleitoral brasileiro”.
“Interpretações equivocadas” pra ser sutil e diminuir a tensão. O presidente do país “esculacha” quem bem entende e evidencia pra quem quiser a sua falta de diplomacia.
Ouvi dizer que o Messias era um homem político e que tinha domínio de suas “ações políticas”. Talvez no maravilhoso mundo de “Bolso”. Um homem de meia idade que passou quase toda sua vida numa cadeira legislativa fazendo sabe-se lá o que, despertou o entusiasmo de um povo cansado de “guerra”, com seus “ideais” e sucumbiu aos devaneios…ao egocentrismo exacerbado, caindo num profundo medo do futuro incerto que aterroriza seus pensamentos, levando-o à beira da loucura.
Para os senadores que se manifestaram, o Presidente, com suas declarações, ataca o Legislativo e o Judiciário. Talvez o tranco tenha apertado para os senadores, mas há tempos que Jair vem atacando a todas as classes que se opõem ao seu despotismo. Sem falar da sua comitiva de insanos que correm atrás de uma sardinha, seguindo seu “exemplo”, ou melhor, seu péssimo exemplo. Quem não se lembra de um certo ex-ministro que ficou conhecido como “inimigo da educação”? Temo secretário especial que faz comentário racista contra ativista negro…integrantes do alto escalão que enaltecem a ditadura militar, e nem vamos citar a questão DNA, porque ai a baderna vai longe.
No mais novo desequilíbrio emocional, com capacidade mental reduzida, o presidente iniciou uma ideia fixa de voto impresso auditável, no desespero de que não haja fraude nas próximas eleições.
Será que houve uma grande fraude nas eleições de 2018, quando o “salvador” ganhou a cadeira de presidente? Será que todos os “patetas políticos” que defendem o mesmo pensamento fraudaram as eleições e estão hoje no comando deste verdadeiro circo dos horrores?
Certo falou o jornalista, apresentador e ex-amigo do presidente, José Luiz Datena, que ultimamente descartou a possibilidade de disputar as eleições ao lado do seu atual desafeto. “Porque todos os políticos que ganharam as últimas eleições e estão aí contra o voto eletrônico não renunciam aos seus mandatos e retomam a disputa de forma correta. Se o voto eletrônico é uma fraude, então todos os vereadores, prefeitos, deputados, senadores e presidente fraudaram as urnas”, desabafou o mais novo oportunista de plantão.
“Voto impresso auditável e contagem pública dos votos é um instrumento de cidadania e paz social, garantia de paz e prosperidade, de harmonia entre os Poderes. Nenhum Poder é absoluto, todos nós temos limites. O que o povo quer, e nós devemos atendê-lo, é exatamente um sistema de votação onde se possa ter a garantia de quem se votou, o voto vai para aquela pessoa. Assim, nós conseguiremos, com toda certeza, uma paz no Brasil, conseguiremos antecipar possíveis problemas e nós partiremos para a normalidade”, afirmou Bolsonaro em sua live.
O fato é que quando ele diz “o povo quer”, se refere às “lagartixas” que balançam a cabeça para tudo o que ele pensa. Eu, particularmente, nunca participei de nenhuma pesquisa de intenção.
E tem mais…se essa “paz”, “harmonia” e “prosperidade” citada por nosso mandatário for uma promessa condicionada ao voto impresso, sou o primeiro a votar a favor, porque vamos combinar…ninguém aguenta mais tanta resenha.