Aos 45 minutos do segundo tempo, Marília Arraes e Jorge Alexandre descumprem agenda com o povo de Camaragibe e entregam a “batata quente” nas mãos do Vereador Júnior do Borralho. Apoiadores da Deputada e do ex-prefeito lotaram a Câmara Municipal, mas receberam a notícia de que o evento não mais aconteceria.
Toda a pompa e circunstância foi organizada para o cerimonial digno de honraria, onde os anfitriões da Casa Vicente Lacerda de Menezes ocupavam seus lugares de destaque para receber a ilustre homenageada, que não apareceu.
Com um discurso evasivo e fazendo chover no molhado, o vereador Júnior do Borralho alegou que por segurança jurídica a equipe técnica da candidata achou melhor ela não comparecer ao evento.
Acontece que essa mesma equipe jurídica demorou para se posicionar, considerando que logo cedo as advertências e as notícias acerca da irregularidade já vinha sendo noticiada.
Em entrevista, o autor da comenda, que faz parte do grupo político de Jorge Alexandre e estava visivelmente nervoso, não explicou a demora da análise do assessor jurídico de Marília sobre a possível consequência de sua presença e não pediu desculpas aos munícipes presentes, ficando a cargo do presidente da Casa, o vereador Paulo André.
Blindado, Jorge Alexandre, presidente municipal do partido Solidariedade, que tanto insistiu na divulgação do evento, também não apareceu para pedir desculpas à população.
ENTENDO A CELEUMA PARTE II
O Movimento “Não Vou Pagar”, organização fiscalizadora do atos das instituições públicas do estado, que tem o advogado Otávio Lemos como um dos responsáveis, postou um vídeo evidenciando a resolução 23.674/21 do TSE, onde determina que o Poder Legislativo Municipal estaria “impedido de promover a publicidade de seus atos institucionais”, onde a deputada federal incorreria em crime eleitoral e poderia sofrer as consequências apontadas pelo movimento, pois a entrega da honraria também poderia afetar o resultado das eleições.