Durante sessão plenária da Câmara Municipal de Camaragibe desta terça (12), os vereadores Cabeça, Manoel Rodrigues e Heldinho Moura, expuseram a indignação sobre o episódio em que um assessor parlamentar interferiu o discurso do vereador Cabeça e questionou sobre as ações dos parlamentares naquele bairro.
De acordo com o discurso de Heldinho Moura durante a sessão, a comitiva da Prefeita não foi expulsa da localidade e ele se sentiu “desrespeitado” com a atitude do assessor.
Para o vereador Manoel Rodrigues, o assessor cometeu um “crime”. Segundo o parlamentar, que se diz dono de sete mandatos, o cidadão que expressou sua opinião “merecia ter sido preso”. Ainda de acordo com Manoel Rodrigues, essa prática (exercer a liberdade de expressão), tem que ser exterminada pois pode ocasionar em problemas sérios.
“O vereador é uma autoridade. Um cidadão comum vai usar esses termos? Tem que ser tomada uma providência porque senão vai bagunçar, pode ter briga e pode ter até morte. Isso aconteceu agora mas se não tomar providências vai se espalhar. Outro vereador que tivesse raciocinado na hora podia ter mandado prender ele. Ele estava desacatando uma autoridade”, esbravejou o parlamentar.
De acordo com o pensamento do vereador Manoel Rodrigues o cidadão cometeu um crime ao se expressar e exercer seu direito constitucional.
No final, o vereador Júnior do Borralho explicou que não havia desacato e que o questionamento do assessor tinha fundamento. “Se for pra pontuar, assessor e favorecimento pessoal e questões aqui a gente vai levantar. Se for pra entrar por essa linha a gente entra. Não tenho medo nenhum”, desabafou o vereador.
Para o especialista em gestão pública e política, Professor Ilo Jorge, houve apenas uma manifestação pública de um pensamento.
“Foi apenas um questionamento da população quanto a ação da edilidade naquela localidade. O cidadão tem direito constitucional de livre expressão”, declarou.