A Diretora do Departamento de Combate à Corrupção, Dra. Sylvana Lellis, foi desligada de sua função, na última segunda (22).
Responsável direta pela maioria dos processos que envolvem denúncias contra o erário público, a ex-diretora vinha deixando a desejar em sua atuação, principalmente em cidades onde o número de denúncias são exorbitantes, como é o caso de Camaragibe.
Durante a pandemia os processos foram praticamente estacionados e não houve andamento, gerando indignação da sociedade.
Em entrevista ao Correio de Notícias, a Delegada Dra. Viviane Santa Cruz, informou que por conta do acúmulo de trabalhos de combate à corrupção, o DRACO foi desmembrado, o que gerou a 2ª DECOR, na qual o Dr. Diego Pinheiro a substituiu. A Delegada, que era responsável pelos processos de Camaragibe, informou ainda que existe um planejamento para criação de 08 novas delegacias especializadas. “A
Polícia Civil de Pernambuco está realizando mudanças em algumas unidades. Estão passando por mudanças as gestões do Departamento de Polícia da Mulher (DPmul) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco)”, confirmou a assessoria de comunicação da PCPE.
Blogs do estado conjecturam a saída da Delegada por cauda de uma investigação em 2020, quando em meio às compras suspeitas para a pandemia, o DRACCO foi responsável pela Operação Inópia, que investigou a compra de cestas básicas pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado. A Secretaria é comandada por Sileno Guedes, que é também auditor concursado do TCE. Foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão, inclusive na sede da pasta comandada por Sileno. “A gestora do Dracco, Sylvana Lellis, irá assumir importante missão na gerência do Departamento de Polícia da Mulher (DPmul), que possui onze delegacias especializadas no atendimento à mulher e é responsável por importantes ações para a prevenção e combate à violência contra a mulher, além da atuação como Polícia Judiciária na coordenação da investigação de crimes que têm as mulheres como vítimas”, afirmou a PCPE.
Coincidência ou não, a demissão da diretora do DRACO se deu logo em seguida das várias indagações do Correio de Notícias acerca da morosidade dos processos que envolvem denúncias em cidades da região metropolitana do Recife. Portanto, seu desligamento pode estar ligado à incompetência e sim, lentidão no andamento das investigações.
“A imparcialidade, a excelência técnica e o rigor na repressão às organizações criminosas permanecem com a chegada do delegado Guilherme Caraciolo, que assume a gestão do Dracco. É um profissional experiente, que já atuou como Delegado de Homicídios em Jaboatão dos Guararapes; foi gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE) e titular de algumas Delegacias Seccionais”, conclui.
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