A Semana Mundial da Amamentação, que ocorre entre os dias 1º e 7 de agosto, foi criada em cerca de 120 países para promover o aleitamento materno. No Brasil, é preciso aumentar as taxas de amamentação para alcançar a meta de 50% de amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida até 2025, uma das Metas Globais de Nutrição, e de 70% até 2030, uma das metas da Agenda 2030, ambas pactuadas junto à Organização das Nações Unidas (ONU).
Estimular a amamentação é importante porque há muitas vantagens nutricionais, sendo uma das mais importantes a maior proteção contra infecções. Quando a mãe está amamentando, seu leite, além de ter todos os benefícios nutricionais para o bebê, fornece probióticos, que são um tipo de alimento para as bactérias benéficas da flora intestinal do recém-nascido. Essas bactérias ajudam a proteger a saúde do bebê, bem como da criança e do adulto que ele será. “O leite materno humano é muito mais do que um alimento perfeito, é, provavelmente, o remédio mais específico e personalizado que a criança receberá em toda a vida”, comenta Ana Paula Cavalcante, Gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O Ministério da Saúde destaca a importância da amamentação mesmo durante a pandemia, levando em consideração os benefícios para a saúde da criança e da mulher, face à ausência de constatações científicas significativas sobre a transmissão do Coronavírus por meio do leite materno e, por analogia, considerando também a inexistência de recomendação de suspensão do aleitamento materno diante da possibilidade de transmissão de outros vírus respiratórios.
Assim, se a mãe estiver infectada com COVID-19, o aleitamento materno segue permitido e recomendado, bastando respeitar os cuidados adequados para evitar a contaminação do bebê (higienização das mãos, etiqueta respiratória e uso de máscara). “A mãe deve descansar, alimentar-se bem e beber água em quantidade suficiente (em geral, ao menos 3 litros por dia, e sempre que sentir sede). Em muitos casos, os anticorpos que permitem que a mãe combata a doença serão transmitidos ao bebê pelo leite materno, construindo a defesa dele”, esclarece Linus.